Embora a mortalidade materna seja rara, no Reino Unido, segundo dados do Confidencial Enquiries into Maternal and Child Health, ela corresponde a 13,1 dos óbitos por 100.000 gestações e, no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde de 2012, corresponde a 68 óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos. A taxa de mortalidade materna é 50% maior em gestantes obesas.
Uma pesquisa feita entre obstetras, enfermeiras obstétricas nos EUA, observou que:
37% dos entrevistados não sabia qual ser o limite de IMC para considerar uma paciente obesa,
26% não recomendava limites de ganho de peso na gestação,
26% não sugeria programa de atividade física,
36% não discutia cuidados alimentares com suas pacientes,
74% não solicitava TOTG no primeiro trimestre,
97% não encaminhava para avaliação pré-anestésica
e somente 14% encaminhava as pacientes obesas para consulta com nutricionista.
Ainda existem, portanto, muitas restrições dos próprios profissionais de saúde para o adequado manejo das gestantes obesas. Uma das justificativas dadas por esses profissionais é o próprio preconceito com o tema obesidade e a forma “ofensiva” com que algumas pacientes se sentem quando taxadas como obesas na fase inicial de gestação, além do curto período de tempo para passar estas informações nas consultas.
Trecho do artigo de revisão publicado na revista da Abeso, Evidencias em Obesidade (edição 63, maio/junho), da palestrante do Congresso, Jacqueline Rizzolli Serviço de Endocrinologia e Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas da PUCRS. Jacqueline apresenta a palestra "Gestação e controle de peso", dentro do Simpósio "Gestação em Situações Especiais", no dia 31 de maio, das 11h às 12h30.
Fonte: ABESO
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