O
Ministério da Saúde apresentou na terça-feira (14), durante o Encontro
Regional para Enfrentamento da Obesidade Infantil, em Brasília, as metas
para frear o crescimento do excesso de peso e da obesidade no país. O
encontro faz parte da implementação da Década de Ação das Nações Unidas
para a Nutrição (2016/2025), que incentiva o acesso universal a dietas
mais saudáveis e sustentáveis. O Governo Brasileiro é um dos principais
apoiadores da agenda da ONU.
O
Brasil assumiu como compromisso atingir três metas: deter o crescimento
da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas
intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o
consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na
população adulta, até 2019; e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual
de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.
“Nosso
desafio é incentivar as pessoas a adotarem uma alimentação correta:
descascar mais e desembalar menos. E é preciso ensinar desde cedo a
manipular os alimentos. As crianças hoje, não tem oportunidade de
acompanhar a preparação dos alimentos e aprender a cozinha-los. Além
disso, o sedentarismo é alto e tem muito haver com a obesidade.
Precisamos mudar os hábitos do dia a dia para enfrentar o desafio da
obesidade”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Eduardo
Nilson, da Coordenação de Alimentação e Nutrição do Ministério da
Saúde, reforça na TV Saúde o compromisso do Brasil em reduzir a
obesidade na população.
Ano
passado, ao lançar a Década de Ação das Nações Unidas para a Nutrição, a
Organização das Nações Unidas (ONU) alertou países sobre a grande
transição epidemiológica e nutricional por que passa o mundo. De acordo com
a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
(FAO), cerca de 800 milhões de pessoas permanecem cronicamente
subalimentadas e mais de 2 bilhões sofrem de deficiências de
micronutrientes. Ao mesmo tempo, 1,9 bilhão de pessoas estão acima do
peso e 600 milhões são obesas.
“A
década da nutrição é para todos. É um momento muito oportuno para
construir formas para lutar contra a má nutrição. É hora de agir”,
enfatizou Francesco Branca, Diretor do Departamento de Nutrição para
Saúde e Desenvolvimento da Organização Mundial de Saúde.
No
Brasil, é possível notar que a população tem reduzido o consumo de
alimentos básicos ao mesmo tempo em que aumenta o consumo de
processados. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (2013), mais da metade
dos brasileiros está com excesso de peso. A incidência é maior em
mulheres (59,8%) do que em homens (57,3%). A obesidade também segue o
mesmo padrão. 25,2% das mulheres adultas do país estão obesas contra
17,5% dos homens. O índice mantém a mesma proporção na América Latina.
Segundo dados do relatório Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional
da OMS (2016) 58% da população da América Latina está com sobrepeso e
23% está obesa.
INFÂNCIA -
A ingestão de alimentos ultraprocessados começa já nos primeiros anos
de vida. A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (2006) sinaliza que
40,5% das crianças menores de cinco anos consomem refrigerante com
frequência. Enquanto dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2013) apontam
que 60,8% das crianças menores de 2 anos comem biscoitos ou bolachas
recheadas. O resultado do mau hábito alimentar é que uma em cada três
crianças brasileiras apresentam excesso de peso (POF 2008/2009).
AÇÕES –
Além de assumir publicamente os compromissos para década da nutrição, o
incentivo para uma alimentação saudável e balanceada e a prática
atividades físicas é prioridade do Governo Federal. Assim que assumiu o
Ministério da Saúde, Ricardo Barros publicou uma Portaria proibindo
venda, promoção, publicidade ou propaganda de alimentos industrializados
ultraprocessados com excesso de açúcar, gordura e sódio e prontos para o
consumo dentro das dependências do Ministério. A proposta é estender
essas regras aos demais órgãos e entidades da administração direta
federal. Além disso, o Ministério constrói uma campanha pela adoção de
hábitos saudáveis chamada Saúde Brasil.
Em
2016, o Ministério da Saúde também participou da assinatura a portaria
de Diretrizes de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável nos Serviço
Público Federal. Sugerida pelo Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão, a diretriz orienta formas da alimentação
adequada e saudável nos ambientes de trabalho do serviço público
federal.
Desde
2014, o Guia Alimentar para a População Brasileira orienta a população
com recomendações sobre alimentação saudável e consumo de alimentos in
natura ou minimamente processados. A publicação é reconhecida
mundialmente pela abordagem integral da promoção à nutrição adequada.
Em
parceria com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação
(ABIA), o Ministério também conseguiu retirar mais de 14 mil toneladas
de sódio dos alimentos em 4 anos. O país também incentiva a prática de
atividades físicas por meio do Programa Academia da Saúde com mais 4 mil
polos em 1.700 municípios.
Clique para acompanhar as metas do Ministério da Saúde
Fonte: Site Abeso
Centro Especializado em Cirurgia Bariátrica, tendo como responsável Dr. Flávio Heuta Ivano e equipe. Localizado no Centro Médico Hospitalar Sugisawa na Av. Iguaçu, 1236 Rebouças. Contatos 41-3259-6612
quinta-feira, 23 de março de 2017
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
SONO E OBESIDADE INFANTIL
Crianças em idade pré-escolar que são colocadas na cama até as 8h da noite são menos propensas a desenvolverem obesidade do que crianças que são colocadas na cama depois desse horário, aponta uma pesquisa recente.
Ir para a cama após 9h da noite pareceu dobrar a probabilidade de obesidade mais tarde na vida. O estudo foi realizado por pesquisadores da Ohio State University College of Public Health e foi publicado no The Journal of Pediatrics. Os responsáveis pela pesquisa ainda apontam que os benefícios podem ir além, incluindo o desenvolvimento social, emocional e cognitivo.
Foram avaliados dados de 977 crianças que faziam parte do Study of Early Child Care and Youth Development, que seguiu bebês saudáveis nascidos em 10 localidades dos EUA desde 1991.
Os participantes foram divididos em três categorias relacionadas ao horário de dormir: os que dormiam às 8h da noite ou mais cedo, os que dormiam entre 8h em 9h, e os que dormiam depois das 9h. A idade média das crianças no inicio do estudo era de quatro anos e meio.
Depois, foram considerados os dados dos pré-escolares até completarem uma média de 15 anos. E a descoberta foi impressionante: das crianças que dormiam mais cedo, apenas uma em cada dez se tornou um adolescente com obesidade; dos que dormiam entre oito e nove horas da noite, 16% desenvolveram obesidade; e, entre os que dormiam mais tarde, 23% se tornaram adolescentes com obesidade.
Metade das crianças no estudo estava na categoria média, ou seja, dormiam entre oito e nove horas da noite. Um quarto dormia cedo e outro quarto dormia mais tarde.
Este novo estudo é o primeiro a usar dados sobre a obesidade com um seguimento de dez anos a partir da pré-escola.
Fonte: site abeso
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