sexta-feira, 30 de outubro de 2015

ALIMENTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA

A adolescência é um período da vida onde existe uma grande suscetibilidade a influências no estado nutricional, já que acontecem importantes alterações psicológicas, biológicas e físicas. Particularmente nessa fase, os hábitos e preferências alimentares que afetam o balanço de nutrientes e de energia podem sofrer modificações. O início da conquista da ´´independência´´ e da liberdade de escolha, por vezes sem maturidade e experiência suficientes, pode levar a um hábito alimentar não saudável. As refeições saem do núcleo familiar e passam a ser realizadas nas cantinas escolares e em shoppings, com aumento da ingestão de fast-food e bebidas hipercalóricas. Por isso é importante que os hábitos alimentares saudáveis desenvolvidos na infância sejam reforçados pela família quando a criança entra na adolescência. Existem evidências demonstrando que, na adolescência, a aquisição e manutenção de um hábito alimentar saudável ocorrem com mais freqüência quando existe uma rotina regular de refeições realizadas em família, com os pais servindo com exemplo.
O crescimento estatural e o desenvolvimento normal da puberdade sofrem importante influência de uma alimentação adequada e balanceada. A necessidade de energia aumenta para que o crescimento rápido (também chamado de estirão) aconteça e o adolescente alcance a estatura alvo geneticamente determinada. Nos meninos, a quantidade de calorias necessária por dia é ainda maior, por causa por causa do maior crescimento em altura e maior quantidade de massa muscular. Na presença de obesidade, é freqüente observar alta estatura, além de adiantamento do início da puberdade, principalmente em meninas. Já se existe desnutrição, o início e a progressão do crescimento e da puberdade podem ficar atrasados.
A prevenção de doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares deve começar precocemente. Obesidade, diabetes, hipertensão arterial e aumento de colesterol no sangue têm sido cada vez mais observados em adolescentes, sobretudo na presença de erros alimentares e excesso de peso corporal. Uma vez diagnosticadas essas doenças, a mudança de comportamento alimentar é uma das principais estratégias para o tratamento.
Na adolescência, deficiências de nutrientes específicos também podem ser observadas, como de ferro e de cálcio. A necessidade de ferro aumenta devido à expansão do volume de sangue e da massa muscular. Carne, peixe, feijão, verdura verde-escuro, grãos e castanhas apresentam maior quantidade de ferro e devem ter o consumo estimulado. O esqueleto responde por pelo menos 99% do estoque corporal de cálcio e cerca de 45% da massa óssea do adulto se desenvolve durante a adolescência. Assim, a ingestão de cálcio, presente no leite, iogurte e queijos, é essencial para a formação de uma densidade óssea adequada.
Seguem algumas dicas de alimentação saudável para os adolescentes:
  • Adolescentes devem consumir uma quantidade de calorias adequadas às necessidades; privações ou excessos poderão comprometer o crescimento e o desenvolvimento.
  • Escolher alimentos com menos açúcar, sal e gorduras faz parte da educação alimentar.
  • Frutas e vegetais, cereais, leites e derivados, carne magra (ou ovos, peixe, frango, soja ou feijão) compõem uma alimentação saudável.
  • As frutas fornecem energia, fibras, minerais e vitaminas, podendo ser uma opção para lanches entre as refeições principais.
  • Alimentos ricos em ferro, como carne, peixe, verduras verde-escuro, grãos e castanhas devem ser consumidos com regularidade.
  • O leite é fonte de proteína e cálcio e deve fazer parte de uma alimentação balanceada.
  • Iogurte e queijo também podem ser opções de lanches entre as refeições, sobretudo aqueles com menor teor de açúcar/sal e gorduras.
  • Evitar alimentos e bebidas açucaradas entre as refeições ajuda na prevenção de excesso de peso e de cáries.
  • A ingestão regular de água também faz parte de um hábito de vida saudável.
  • Os hábitos alimentares dos pais servem de exemplos para os filhos. A alimentação da família tem que ser saudável e não apenas imposta a crianças e adolescentes
  • Para completar um estilo de vida saudável, a prática de atividade física regular é essencial.

FONTE SITE: ABESO

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

OBESIDADE X DOENÇAS

Pesquisadores descobriram que uma dieta com baixa ingestão de  gordura saturada e alta em gordura monoinsaturada -: como a dieta mediterrânea - diminui a inflamação associada a doenças relacionadas com a obesidade - como diabetes e aterosclerose - melhor do que as dietas ricas em gorduras saturadas ou globais de baixo teor de gordura.
Vários estudos recentes têm mostrado que a dieta mediterrânea pode ter efeitos positivos sobre a saúde e os riscos de doença, além da redução do risco de câncer de mama, bem como das chances de ter um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral. Outro estudo descobriu que o aumento do consumo de massas de grãos integrais pode reduzir os níveis de colesterol ruim, que também tem sido associados a determinadas doenças relacionadas com a obesidade.
A inflamação, que é indicada como a causa parcial de uma ampla variedade de condições médicas, é a reação natural do sistema imune contra a infecção. Elementos introduzidos no corpo, dieta ou outros processos internos do corpo pode ser confundido como estímulos inflamatórios e causar a reação.
"Isso tem sido reconhecido como uma das causas da obesidade - uma desordem caracterizada por elevada e anormal acumulação de gorduras no corpo - e uma dieta pouco saudável pode aumentar o risco de doenças crônicas metabólicas, tais como aterosclerose, diabetes tipo 2 e doença de Alzheimer, mas não em todo mundo ", disse o Dr. Lawrence Kien, para professor de pediatria e medicina na Universidade de Vermont, em um comunicado à imprensa.
Os pesquisadores começaram com as conclusões de um estudo de 2011, que mostrou que o ácido palmítico, gordura saturada mais prevalente na dieta, aumentou a produção da citocina inflamatória interleucina-1 beta. Kien afirma, com base nesse estudo, que os investigadores procuraram responder se há uma relação com as escolhas alimentares das pessoas.
Os pesquisadores estudaram adultos saudáveis, magros e obesos aleatoriamente, que foram convidados a seguir duas dietas experimentais durante três semanas, com uma semana de uma dieta de baixa gordura, durante um período de três semanas.
Uma dieta foi semelhante à dieta normal dos participantes, com elevada ingestão de ácido palmítico, enquanto a outro foi muito baixa em ácido palmítico e alta em ácido oleico, gordura monoinsaturada mais prevalente na dieta. Ao comparar os efeitos de cada um sobre os corpos dos participantes, os pesquisadores relataram que a dieta rica em ácido palmítico estimulou a liberação de citocinas, causando inflamação.
"Em última análise, gostaríamos de compreender como essas gorduras  se comportam na dieta - após a ingestão e quando armazenada no tecido adiposo, comoconseqüência de muitos meses de ingestão - e, assim, contribuir para a inflamação e para o risco de doença metabólica", afirmou o pesquisador. "Em outras palavras, a dieta habitual e, especialmente, o tipo de gordura ingerida, pode determinar, em parte, os riscos associados à obesidade."
O estudo está publicado no Journal of Nutritional Biochemistry.



Fonte: site abeso